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| Entre Tapas e Beijos. A nova novela das 9. |
Plusianos,
Esta é uma sessão extraordinária do meu blog para poder falar um pouco sobre a maior e mais falada notícia dos últimos dois dias: Impeachment.
O que o mercado imobiliário brasileiro tem a ganhar, ou a perder, com mais essa "bomba" em meio ao furacão político que está soprando toda a nossa dignidade atualmente?
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Estamos hoje em uma verdadeira dinastia petista, desde 2002 um único governo e uma única ideologia se mantém no poder. Não estou falando bem nem mal do governo, até porque muito se acertou durante esse período, mas também levo em conta algumas dinastias que simplesmente acabaram com os locais onde se instauraram: Cuba, Rússia, China (medieval) e alguns casos mais próximos como o Maranhão, por exemplo.
Uma dinastia não é bom para um lugar, pois simplesmente mantém todas as coisas como estão e não há evolução. Não há mudança de paradigmas e nem mesmo mudanças de ideias. Todos sabemos que algo bom pode melhorar, pode evoluir, mas tem que haver vontade para isso, o que obviamente não vemos no nosso atual governo.
Mas bem, não é isso que eu quero com este post. Vamos direto ao assunto:
O mercado imobiliário não é apenas o reflexo da saúde econômica de um país, mas também o termômetro que mede essa saúde, uma vez que analisando quem pode comprar e a quantidade de crédito disponível, podemos também inferir a igualdade social existente: se todos podem comprar significa que o dinheiro está circulando entre as classes com maior facilidade; se apenas as classes mais abastadas compram, significa que eles estão detendo a maior parte da riqueza do país, simples assim.
Para que todos possam comprar, é necessário que o governo mantenha os juros baixos, pois assim sobra mais dinheiro no fim do mês no bolso do brasileiro e ele pode investir em algo mais que necessidades fisiológicas, então passam, de acordo com Maslow, para a segunda etapa da pirâmide, que é a moradia. Com os juros baixos, há menor oscilação de valores de mercado e este se torna atrativo para investidores internacionais, que colocam aqui seu dinheiro (em dólares) e ajudam no desenvolvimento local, ajudando a manter os juros baixos e movimentando o mercado interno.
O início da crise política no nosso país acabou interferindo na intenção do mercado externo em manter seus dólares aqui e procurando alguns mercados um pouco menos arriscados, ou menos oscilantes de confiança, como títulos de tesouro americano, por exemplo. A retirada desse dinheiro acaba tomando uma boa parcela em moeda, aumenta a desconfiança, diminui a confiabilidade, aumenta juros e faz com que o povo tenha menos dinheiro em caixa. Aumenta também o temor de perder o que tem, sobe a inflação, diminui o poder de compra do brasileiro e o dinheiro passa a valer menos.
Temendo a perda desse valor, os que tem mais dinheiro em caixa, preferem não deixar seus recursos em investimentos que rendem menos que a perda causada pela inflação (poupança, por exemplo) para colocar seu dinheiro em algo que tenha maior retorno como o mercado de ações ou imobiliário. Claro que se levarmos em conta o risco do mercado de ações, temos somente uma opção: imóveis.
No entanto as últimas notícias têm nos preocupado, nós da área imobiliária, tememos também essa brusca mudança, pois mais esse fato pode conturbar ainda mais, pois pode demonstrar aos investidores que nossos líderes políticos não possuem a capacidade de manter a economia estável e se afastarem de vez do nosso país. Mas outra face é a de que esses mesmos investidores podem ver na defesa de um povo unido pelo país a oportunidade da aplicação de uma força motora de confiança e, aí sim, virem direto para cá.
O tempo é outro fator determinante. Passando por um período de que necessitamos de políticas para reformas fiscais e econômicas, não poderíamos perder tempo para estudos de aprovação ou reprovação de pedido de impeachment, portanto, essa escolha pode ser um fator de suicídio fiscal e morte econômica, aumentando o tempo de recessão em vez de abreviá-la.
Estamos sempre de olho e eu gostaria muito de saber sua opinião. Deixe seu comentário e compartilhe este post. Terei prazer em responder a todos. Um grande abraço.
Ribeiro Neto
Especialista imobiliário
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